Arrogância e Excesso de Soberba: as armas do profissional incompetente.

No dia-a-dia das empresas nos deparamos com os mais variados tipos de pessoas e muitas vezes somos testados ao extremo em nossa tolerância. Não é difícil perceber quando convivemos com profissionais que sofrem de carência de atenção e que a cada ação bem sucedida ficam esperando do “patrão” um troféu ou uma estrelinha na testa como recompensa.

Na verdade, conviver com pessoas que gritam e expurgam sinônimos grotescos com outros funcionários para demonstrar que são pró-ativos e competentes é inteiramente normal em quase todas as organizações. Essa situação visível mostra o “ser” que essas pessoas “arrogantes” apresentam ou bordam para a sociedade.

Não é muito difícil identificar as características de uma pessoa presunçosa ou arrogante, pois, normalmente elas falam mais que todo mundo e não deixam ninguém falar, desculpam-se pelo fracasso, justificam um erro, aliás, elas nunca reconhecem o erro e se por ventura isso acontecer, será sempre por culpa de alguém e, são sempre as que querem aparecer em todas as ocasiões.

Naturalmente, as pessoas que se apresentam com tais códigos lingüísticos e psico-sociais o fazem por defesa, justamente para disfarçar sua incompetência porque se sub-julgam incapazes de pedir ajuda a alguém, tornando este ato – pedir uma ajuda – uma humilhação consistente ao seu “ego”. 

De acordo com Baptista Bastos: “A arrogância é uma deformação moral; o preconceito, uma doença de educação; o desdém, uma chaga de quem se presume superior.” No entanto, os pilares da arrogância estão ligados concomitantemente a “soberba” que cientificamente falando, podemos classificar como a tendência de um indivíduo para um modo de vida caracterizado por grandes despesas supérfluas e pelo gosto da ostentação e o prazer, quando na verdade, a maioria dos indivíduos que apresentam tal ostentação saem dos sepulcros caiados das favelas e escondem a todo custo à verdade de sua origem.

A soberba é uma palavra latina “superbia” que significa o sentimento negativo caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, levando a manifestações ostensivas da arrogância, por vezes sem fundamento algum em fatos ou variáveis reais. Os profissionais que se valem desse sentimento para tocar sua carreira estão fadados a sofrerem constantemente “quedas” profissionais e normalmente não param nos setores da empresa e/ou mudam com razoável freqüência de empregos.

O soberbo também pode enveredar pelo caminho da “Pseudolalia”, ou seja, a doença da mentira. A Pseudolalia é o ato da mentira compulsiva resultante dum longo vício de mentir. A pessoa mente por mentir, perde a noção do que é ou não verdade, convence-se das mentiras como puras verdades. A Pseudolalia pode conduzir a graves distúrbios de personalidade, podendo o pseudolálico acabar por perder a sua individuação e viver num real criado imaginariamente, comportando-se de ma forma difícil de contato humano e só com tratamentos profundos poderá melhorar. No ambiente de trabalho o profissional arrogante que está contaminado com essa doença acredita na mentira de que é tão competente que ninguém pode substituí-lo ou fazer o que ele é capaz.

Assim, a melhor forma de lhe dar com essas arestas dentro do ambiente de trabalho, não é simplesmente fugir ou demitir o funcionário, neste caso se tratando do chefe de setor ou responsável pela empresa, mas identificar através de consultas psiquiátricas ou por atividades dinâmicas e de grupo com toda a equipe. Depois de percebido e constatado que a arrogância e a soberba estão afetando o trabalho e os outros funcionários, é notório que os clientes e os faturamentos da empresa irão sentir. Portanto é mais do que correto, apontar ao arrogante as suas fraquezas e mostrar que ele se quiser, será capaz de transformar seus pontos fracos em pontos fortes e, aquilo que ele considerar como ameaça – que pode ser visto por ele como seu passado – deve passar a aparecer como uma oportunidade de construir um futuro de sucesso.

Um forte abraço e até a próxima.