Educação um enigma no Brasil


Desde seus primórdios a educação no Brasil, foi marcada por uma série de mazelas e imperfeições que culturalizaram e marcaram os passos, os rumos e a alma do povo brasileiro. Com o indulto da colonização portuguesa que tinha noção de escravidão e não de povoamento a nossa educação assume papel de agente colonizador através das catequeses, no entanto, na era pombalina troca-se os lideres e os nomes da história, mas, permanece o panorama do analfabetismo e do ensino precário, agravado com a expulsão dos jesuítas e pela democracia da reforma pombalina. Anos mais tarde a educação nacional se concretiza, com a intervenção cada vez maior do Estado para estabelecer a escola elementar universal, leiga, gratuita e obrigatória. Enfatiza-se a relação entre educação e bem-estar social, estabilidade, progresso e capacidade de transformação, teorias de pergaminho que não funcionaram na prática. Daí, o interesse pelo ensino técnico ou pela expansão das disciplinas científicas, a necessidade de se ensinar profissões, pois o Império precisava de profissionais para fazer com que os serviços públicos de fato funcionassem, já que a Coroa portuguesa e sua Escolta Real, cruzaram o Atlântico e vieram para a Colônia, unicamente para não ceder às pressões políticas da França e do Reino Unido. A educação no Império ficou marcada pela desorganização política e pela imposição do Estado, criando escolas para a burguesia e Universidades apenas para o clã da Coroa, que em sua chegada, expulsou dos palacetes cariocas as famílias de classe média e os mesmos foram obrigados a morar nos cortiços dos morros da Bacia de Guanabara, originando hoje as famosas favelas cariocas.
Essa rememoração do ensino brasileiro nos remete a raiz da parábola hoje enfrentada pela sociedade contemporânea e pelos Governos, ainda mais burocratas e marginalizador. Pois o maior problema enfrentado hoje na lide convencional que travamos no dia-a-dia não é oferecer escolas de qualidade, cursos e profissões, mas sim, conseguir persuadir as crianças e os jovens de buscar encarar a realidade de cabeça erguida e não deixar sua auto-estima ser abatida. Esta pequena enorme co-relação entre paciência e persistência garantem o sucesso como pessoa na vida, mas o que todos os dias vê-se é o cultivo à matança de sonhos e esperanças.
Driblar a influência fácil e maliciosa do mundo negro é uma batalha constante e dolorosa, mas nós, educadores e formadores de opiniões devemos nos ater da história como referência para bases epistemológicas e garantir prenúncios de melhorias, levando entusiasmo e eloqüência, no intuito de influenciar nossos jovens a se inserirem no turbilhão social através do mercado de trabalho, olhando para frente com ar de realeza e com perspectivas de crescer sempre, com a finalidade única e subjetiva que cada um deve ter – mudar o curso da história fazendo o certo através de pequenos atos e conceder a si mesmo a oportunidade de se perceber como sujeito crítico e agente modificador do nosso meio.
Portanto, é verdade que não se pode atribuir à história ou a um determinado governo ou a um fato isolado, a culpa de não se ter sempre escolas regulares e de cursos profissionalizantes lotadas com alunos motivados a se encaixarem no mercado de trabalho, no entanto, essa promoção e preocupação em se preparar bons profissionais pela base devem ser orientadas constantemente pelos educadores, técnicos educacionais e cientistas sociais, pois, nota-se, no entanto, o mesmo erro empregado no Brasil Império, inúmeros profissionais procurando primeiro o nível superior e, após estar com ele em mãos apresentam deficiências de ensino fundamental.
O presente texto é uma reflexão filosófica e histórica dos anos de comoção e clemência que a educação brasileira passou e uma contextualização nas entrelinhas das oportunidades que devemos perceber sempre e nunca se sub julgar auto-suficiente, mas pronto para encarar desafios e vencer obstáculos.
Um forte abraço e até a próxima.


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